E eis que o blog andava meio morto, mas no finzinho do ano 2015 tivemos coisas boas para mostrar! Nos dias 19 e 20 de dezembro de 2015 ocorreu em Natal o YUJO GAMER LEVEL UP 2015, um evento brilhante relacionado
aos games, no qual os entusiastas e fãs encontraram atrações de primeira linha.
Grande presença do público
Realizado no Centro de Convenções
de Natal, na Via Costeira, o evento contou com tudo aquilo que o público
aficionado gosta: concursos de cosplay, comércio de objetos variados,
apresentações artísticas, presença de “YOUTUBERS” famosos, competições, e
claro, muitos, mas muitos jogos!
Meu amigo Maciel, construtor de fliperamas
Meu querido pai e meu amigo Maciel, preparando as máquinas para o transporte
Improvisado, mas deu tudo certo
Máquinas no salão, ainda sem público por perto
Montagem do estande do Museu do Videogame Potiguar, antes do evento
Parafraseando a História Sem Fim, no início havia apenas o nada
Equipe técnica contratada pelo Yujo, montando os estandes do salão de jogatinas, local no qual ocorreu também o YUJO/PONG INDIE EXPO, enquanto o arcade "só observa"...
Lá fora, uma bela visão da Via Costeira aguardava os visitantes - mas o povo queria era saber de jogos
Houve campeonatos de jogos
variados, com boas premiações, além de muita jogatina livre. Havia consoles de
todas as marcas e modelos atuais com muitos jogos, bem ali, ao alcance da mão.
O enorme salão de jogatina free - mais de 50 consoles disponíveis, entre Nintendo Wii, PS3, PS4, X-BOX One e X-BOX 360. Todas as telas eram de LED 50"! Ao fundo, no cantinho, os dois arcades e os PCs do PONG INDIE EXPO, os estandes dos estúdios Me 'nU e Behold, aguardando montagem
Neste espaço emparedado, havia coisas esxclusivamene para o público de Nintendo Wii: jogatina free, mesa redonda, card games correlatos e outras atividades ligadas à marca Nintendo
Um dos destaques foi a presença
do MUSEU DO VIDEOGAME POTIGUAR CHARLES VELBERTO, que proporcionou ao público
conhecer todo o seu acervo: consoles clássicos, indo desde o icônico Paredão,
passando pelo Odissey e pelo Atari 2600, atravessando todas as gerações até
chegar aos “next gen”, como PS4 e X-BOX
360 e Wii. Os jovens ficaram encantados ao verem de perto máquinas lendárias
das quais apenas leram algo no Google ou ouviram alguém mais velho falar, como
o GAME GEAR, 3DO, e até mesmo o famoso VIRTUAL BOY. Uma oportunidade e tanto!
Por alguns trocados, era possível jogar nos equipamentos históricos e se
divertir à moda antiga. Havia até mesmo um gabinete de arcade da SNK com 16
jogos, com a ficha bem baratinha. Um dos estandes que compunham o museu
disponibilizava para leitura várias revistas de games dos anos 90, matando a
saudade de muitos matusaléns e despertando a curiosidade dos mais jovens.
Equipe do Museu do Videogame Potiguar preparando o campo de batalha, antes do evento
Museu do Videogame Potiguar - muitas opções para o público viajar no tempo
O museu contava ainda com uma
pequena loja de bugigangas correlatas, na qual era possível comprar aquela
camiseta do seu personagem predileto, estatuetas, revistas em quadrinhos, e
claro, cartuchos e CDs de jogos, muitos, mas muitos mesmo, TUDO ORIGINAL, alguns lacrados.
Produtos à venda no museu: grande variedade de itens
Cartuchos e CDs à venda ou para demonstração - todos originais
O início da guerra Sega vs Nintendo também foi representado, geração a geração
Qual foi o console mais jogado? Só o museu sabe :)
Camisetas à venda
Alguns consoles customizados também faziam parte do acervo do museu
Muitos consoles raros, entre eles, na foto acima, o Virtual Boy
O Museu do Videogame Potiguar é mantido por doações de entusiastas que formaram a União Potiguar de Gamers, responsável também por eventos de e-sports no RN
O acervo do museu, quase no ponto de abrir ao público
E para quem almeja um dia ser
profissional dessa área, houve um evento dentro do evento: O PONG INDIE EXPO, ou YUJO GAMER INDIE EXPO, como queiram, uma mostra de jogos independentes apoiada pela organização do YUJO GAMER LEVEL
UP 2015, que forneceu toda a infraestrutura necessária à sua realização.
Logomarca do PONG
Imagem ilustrativa integrante do cronograma do YUJO GAMER LEVEL UP 2015
O PONG (Potiguar Indie Games) é
um grupo criado há menos de um ano, formado por desenvolvedores de jogos
digitais e analógicos do RN, mas que hoje conta também com pessoas do CE e PB.
No PONG INDIE EXPO, o carro-chefe era composto por cinco jogos feitos por
membros do próprio PONG, mas também foram mostrados dezenas de jogos
independentes de todo o Brasil e alguns estrangeiros. Cerca de seis PCs e duas
máquinas de arcade rodaram os jogos quase que ininterruptamente, sendo que um
deles, DARK HOLE (aka DARK WATERS), foi o de maior sucesso, chegando a rodar em
duas máquinas ao mesmo tempo, com direito a fila de espera e pitaqueiros! Este
que vos fala tomou a liberdade de mostrar jogos de amigos, de amigos de amigos
e um pouco de retrocomputação, com um emulador de MSX, para deslumbramento de
muitos estudantes e profissionais da área de TI, que ou nunca ouviram falar da
plataforma ou sequer sonhavam que era possível produzir algo novo e bom para
ela.
Cartaz anunciando a mostra
Dark Hole - maior sucesso da mostra
Da esquerda para a direita, nos computadores: Dark Hole, Gaza, Invisible Shooter e Pixel Fighters. Nos arcades, também da esquerda para a direita, Avengers Battleforce e CDZ - A Guerra Galáctica, que no momento da foto era testado por Ítalo Chianca (de camisa vermelha) da revista Nintendo World e seu irmão.
Cosplayer da Rainha Gelada, de "Hora de Aventura", jogando Dark Hole. à esquerda, o jogo Dataflow
Dark Hole rodando em duas telas ao mesmo tempo, com direito a platéia "pitaqueira" e fila de espera. No notebook entre as telas, o jogo Dataflow
Contra a Dengue - jogo de ação com aspecto lúdico, vencedor do Desafio Gamedu 2015
A lista completa de jogos produzidos pelos membros do PONG (em ordem alfabética):
Contra a Dengue
Dark Hole
Dataflow
Fire Dart
Gaza
Pixel Fighters
Jogos apresentados pelo estúdio Me'nU (em ordem alfabética):
Alkymia
Santa Ira
Wolflore
Jogo apresentado pelo estúdio Behold:
Chroma Squad
Como bom fã de jogos de nave, não
poderia faltar, é claro, uma minimaratona de “BULLET HELLs”, “CARAVANs” e
“ARENA SHOOTERs” como SPACE MANBOW (MSX), ASTEROIDS (arcade), e BATSUGUN (arcade).
Muita bala para desviar e muitos “bosses” monstruosos para derrotar! O público
se retorcia e pronunciava termos impossíveis de se reproduzir aqui, ao ver os
jogadores desviarem daquela rajada de balas impossível ou derrotar aquele
“BOSS” inominável!
Pixel Fighters, projeto no qual estou trabalhando desde 2009, exibido em versão de testes
Fire Dart, projeto de 2011, ainda em andamento
Fire Arrow, do desenvolvedor americano Perry "Gyzor" Sessions
Xyx e Fire Arrow, do desenvolvedor norte-americano Perry "Gyzor" Sessions. Xyx ganhou uma versão para o console Neo geo, com o nome de Neo Xyx, e Fire Arrow foi lançado para Ouya
Cho-Ren-Sha - uma pérola coreana que jamais pode ficar de fora em eventos de jogos indies e de nave
Space Manbow - jóia rara dos áureos tempos da Konami, para MSX
Um jovem engenheiro, feliz ao descobrir o poder de um MSX, ainda que via BlueMSX, num mini-PC: fascínio imediato
O garoto joga Bombman, do MSX, a moça joga Aero Flux
A mesma moça jogando Knightmare Remake...
...E depois encarando o original, para MSX: ficou indecisa sobre qual versão era melhor
Jogos de nave indies mostrados no evento, mas não ligados a ele, em ordem alfabética:
Aero Flux
Cho-Ren-Sha
Fire Arrow
Flying-V
Super Eurojet
Xyx
ZPF
ZP Ultra
Jogos mainstream disponibilizados para jogatina do público, em ordem alfabética:
Knightmare (MSX)
The King Of Fighters 98 (arcade)
Space Manbow (MSX)
Super Street Fighter (arcade)
Outros gêneros também fizeram a
festa dos jogadores, como os “FIGHTING VERSUS”, representados por vários
títulos baseados nas plataformas M.U.G.E.N. e Open Bor, alguns “BEAT’EM UP”,
construídos com ferramentas variadas, como Game Maker, Flash, C#, MMF2, e
outras mais obscuras.
A mulherada pirou com a versão demo do jogo Oniken, da Joymasher
Levei ainda meu “MOD” de Counter-Strike 1.5, construído
sobre o motor do clássico Hal-Life 1, utilizando a ferramenta WORLDCRAFT VALVE
HAMMER EDITOR, da própria Valve. Por
fim, embora não fizesse parte do estande do PONG, o estúdio Me‘nU, de
Fortaleza/CE, levou um excelente card game para divulgar. A maioria dos jogos
foi devidamente testada e apreciada não somente pelo público, mas por
representantes da imprensa especializada, como Ítalo Chianca, da revista
Nintendo World e os canais do Youtube NERD THINKS e APERTA START, além da
imprensa local e nacional. Ítalo Chianca
montou seu estande ao lado do PONG, no qual vendeu seu livro “OS VIDEOGAMES E
EU – CRÔNICAS DE UM JOGADOR”, uma coletânea de crônicas baseadas em sua
vivência no mundo dos games.
Cavaleiros do Zodíaco - A Guerra Galáctica - jogo que chamou muita atenção do público
Maciel configurando e testando o jogo Hyper SFIV Mugn
Fila para jogar Avengers Battleforce e Marvels First Alliance, de meus amigos Douglas Baldan e ZVitor Franco, respectivamente
"I'm Okay - A Murder Simulator" - incrível Run'n Gun/Beat'em up da Thompsonsoft
Acirradas disputas em Hyper SFIV Mugen
Diversão garantida com Street Fighter One, SF vs MK, SF vs Megaman e muitos outros
Moças e menino jogando Hyper SFIV Mugen e Bala de Revólver
A mulherada pirou com a versão demo do jogo Oniken, da Joymasher
Jogos indies de briga de rua disponibilizados para jogatina do público, em ordem alfabética:
Avengers Battleforce
Double Dragon Fists Of Rage
Double Dragon Gaiden
Golden Axe Myth
I'm Okay
Masters Of The Universe
Marvels First Alliance
Streets Of Rage Remake
Jogos indies de luta (fighting vs) disponibilizados para jogatina do público, em ordem alfabética:
Bala de Revólver
Cavaleiros do Zodíaco - A Guerra Galáctica
Hyper SFIV Mugen
SF vs MK
SF vs Megaman
Street Chaves
Street Fighter One
Jogos indies de aventura/plataforma disponibilizados para jogatina do público, em ordem alfabética:
Hero Remake
Oniken
Jogos indies de correr e atirar (run'n gun) disponibilizados para jogatina do público, em ordem alfabética:
Knightmare Remake
Maldita Castilla
Ítalo Chianca, da revista Nintendo World (de camisa vermelha) e seu irmão, jogando Hyper SFIV Mugen
O livro de Ítalo Chianca
Para completar a alegria dos
desenvolvedores e entusiastas que compareceram, foram realizadas várias
oficinas e palestras, ministradas por feras como HUGO VAZ, do estúdio Behold, ÍTALO
FURTADO, do estúdio Me‘nU, VINICIUS KLEINSORGEN, do Nova Strike, TIAGO FERNANDO,
do Kaipora Digital, entre outros. A cereja do bolo foi uma “palestra-surpresa”
de MOACYR ALVES JUNIOR, figura famosa no mercado de vídeo games brasileiro, na
qual abordou temas sobre como tornar seu jogo um produto comercial e como você
pode se profissionalizar nesse ramo.
Tiago Fernando, da Kaipora Digital, mostrou os caminhos do level design
Hugo Vaz do Behold Studios, mostrando o poder da pixel art
Vinicius Kleinsorgen, da Novastrike, explanou sobre trilha sonora
ítalo Furtado mostrou como criar mundos e personagens
Renan Rodrigues, da Supernova, e sua "Jornada do Herói"
Thiago Carvalho, da ABXY, apresenta uma prévia do jogo Cock Fighter
Moacyr Alves Junior mostrou como vender um jogo
Erika Sampaio e Rômulo Jardim, do estúdio Me'nU
A arte do estúdio Me'nU
Este reles aprendiz de fazedor de
jogos ainda foi convidado a falar ao público, e claro, não poderia ser
diferente: falei sobre JOGOS DE NAVE e seu renascimento pelas mãos dos
desenvolvedores independentes. Quase “colei as placas” e acabei nem preparando
um conteúdo programático, a coisa saiu num misto de bate-papo e conversa de
boteco, com muitas risadas, piadas infames, algumas citações de títulos,
autores e técnicas, sem refino, mas com muita vontade.
Eu, falando sobre jogos de nave
Após o término do evento, foi a vez de técnicos, seguranças, faxineiros e outros funcionários jogarem
Meu pai preparando os arcades para a volta, ao final do evento
Foram dois dias magníficos, muito bem aproveitados por desenvolvedores, jogadores, expositores, artistas, competidores e público em geral. Que venham os próximos eventos, Natal agora tem algo de peso para mostrar!
LEVEL UP!